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29/06/2011

2010. O Corinthians entra no ano do Centenário visando a conquista da Libertadores da América, único título que falta a galeria de glórias alvinegras.
Devido a isso, o Corinthians jogou alguns jogos do Paulistão com times mistos. Com uma campanha irregular, o Timão terminou a primeira fase em 5º lugar, ficando fora das semifinais do campeonato. Apesar disso, o time fez jogos memoráveis, como a vitória por 1 x 0 diante do Palmeiras, em 31/01/2010, que terminou com o jejum de 3 anos (ou 7 jogos) sem vitória frente ao nosso maior rival. Mas talvez o maior jogo do Paulistão 2010 para o Timão foi a vitória por 4 x 3 contra o São Paulo, no dia 28/03/2010. O Timão chegou a fazer 2 x 0 e 3 x 1 no placar, mas permitiu o empate em 3 x 3. Aos 48 minutos, Iarley, com a ajuda do zagueiro são paulino, faz o gol da vitória! Dramática, como a Fiel gosta.

Mas o que o Corinthians queria mesmo era a conquista da Libertadores. Porém, mais uma vez, ela não veio. O grupo do Corinthians na primeira fase teve a participação, além do Timão, de Racing do Uruguai, Independiente de Medelín e Cerro Porteño. Como sempre, o Coringão faz uma campanha perfeita na primeira fase, ganhando 5 jogos e empatando apenas 1, contra Independiente de Medelín, na Colômbia (1x1) e terminando como o time de melhor campanha entre todos os participantes da competição continental. Quis o destino que o pior 2º colocado da primeira fase fosse o Flamengo, adversário do Corinthians nas Oitavas. No primeiro jogo, vitória do Flamengo por 1 x 0 no Maracanã, em um gramado muito prejudicado pela chuva. No jogo de volta, o Pacaembu recebe grande público e o clima é de confiança total. O Corinthians começa com tudo e o 1º tempo termina com 2 x 0 para o Timão. Mas a alegria durou pouco. O Flamengo marca logo no início do 2º tempo com Wagner Love e enterra o sonho alvinegro de conquistar o torneio sulamericano no ano do centenário. Ao final do jogo, a torcida aplaude o time, sabendo que não faltou vontade e raça para buscar o resultado e a classificação. Com isso, a última esperança de título no ano em que o Coringão completa seu primeiro centenário é a conquista do Brasileirão. A campanha do Corinthians no Campeonato Brasileiro foi irregular.

O time chegou a liderar a competição e dava pinta de que iria conquistar o título, até de forma antecipada. Antes do fim do 1º turno, a data que todo corintiano esperava chegou: 1º de setembro de 2010. O Corinthians comemora 100 anos de vida, glórias e lutas. Milhares de pessoas vão às ruas comemorar o primeiro século corintiano. No evento realizado para a comemoração, o maior presente: Andrés Sanches revela o que a torcida esperava por muitos anos: a construção do tão sonhado estádio. O local escolhido foi Itaquera, na Zona Leste. Junto com a revelação da construção do estádio, outra bomba: o estádio é escolhido pela Comissão da Copa de 2014 como o estádio da cidade de São Paulo para a Copa e Palco do jogo de abertura do Mundial. É muita emoção para um dia só! Passadas as devidas comemorações, o torcedor acreditava cada vez mais no título brasileiro, pois o time vinha embalado e conseguiu vitórias importantes no início do 2º turno, como contra o Fluminense, no Rio (2 x 1) e contra o Santos, na Vila (3 x 2). Porém, no meio do 2º turno, o Timão amargou 5 jogos sem vitória, inclusive uma derrota por 4 x 3 em casa, contra o pequeno e inofensivo Atlético Goianiense, caiu na tabela e viu o sonho de conquistar o campeonato ficar mais distante. Mais o time não desiste e consegue outros bons resultados: 1 x 0 contra o Palmeiras, 1 x 1 contra o Flamengo, no Rio e 2 x 0 contra o São Paulo. Na noite de 13 de novembro de 2010, um jogo que poderia ter sido histórico: Corinthians x Cruzeiro, no Pacaembu.

 O Timão precisa desesperadamente da vitória para chegar a liderança, faltando apenas 3 jogos depois desse. O time atacava, atacava e nada. Até que aos 43 minutos do segundo tempo, o juiz marca penalti a favor do Coringão. Ronaldo cobra, marca e deixa o Corinthians na liderança, dependendo apenas de si mesmo para ser campeão. Foi o último gol da Ronaldo com a camisa do Corinthians. Mas o Corinthians não conseguiu se segurar no topo da tabela. Empatou com o Vitória (1 x 1), ganhou do Vasco (2 x 0) e empatou na última rodada com o Goiás. Com esses resultados, o Timão não só perdeu o título para o Fluminense, como foi ultrapassado pelo Cruzeiro. Com a 3ª colocação, o time não estava com a vaga na Libertadores de 2011 garantida. Seria preciso disputar a Pré-Libertadores, contra o fraco Tolima, da Colômbia. Tarefa mole para Ronaldo, Roberto Carlos e Cia... Mal sabiam eles o que estavam por vir... 2011 começou com mais um Projeto Libertadores. O final, todo mundo já sabe, né? O Corinthians é eliminado pelo Tolima, após empate sem gols no Pacaembu e derrota por 2 x 0 na Colômbia, no dia 2 de fevereiro. A torcida protesta de forma violenta e faz com que Roberto Carlos troque o Timão pelo futebol russo. Dias depois, Ronaldo anuncia o fim da carreira. Enquando uns saem, outros chegam: Liedson volta ao Corinthians após quase 8 anos. Com a eliminação precoce na competição continental, restava o Paulista para salvar o 1º semestre. O time faz uma campanha segura o suficiente para se classificar em 3º lugar, com destaque para Liedson, que marca gol atrás de gol Nas Quartas-de-final, disputada em jogo único no Pacaembu, O Corinthians vence o Oeste por 2 x 1, gols de Liedson e Willian, e se classifica para a semifinal, onde enfrentaria o arquirival Palmeiras. Também em jogo único, a semifinal foi dramática.

O timão sai atrás do placar, mas Willian empata o jogo e leva a decisão para os penaltis. Na primeira série de cobranças, ninguém perde. Nas alternadas, deu Corinthians: 6 x 5 Na outra semifinal, o Santos vence o São Paulo por 2 x 0. Apesar do esforço e da garra, o Corinthians não conseguiu segurar o Santos de Neymar e Ganso. Com empate em 0 x 0 no Pacaembu e derrota por 2 x 1 na Vila, o Corinthians fica com o vice campeonato. A única coisa boa é a artilharia de Liedson, ao lado de Elano, do Santos: 11 gols cada. Para voltar a sonhar com o título continental, resta fazer uma boa campanha no Brasileirão e conquistar uma vaga para a Libertadores do ano que vem... Vai Corinthians!
O Corinthians entra no ano de 2006 com mais uma oportunidade de conquistar a Taça Libertadores. A torcida estava esperançosa, afinal, tínhamos um belo time, comandado pelo argentino Carlitos Tevez. Mas o que se viu foi mais um vexame continental. Mais uma vez, o Coringão foi elminado pelo River Plate, nas Oitavas.
Mas dessa vez eles não tiveram chance: duas vitórias corintianas (2x1 e 3x1) e vaga na semifinal, contra o Botafogo, do Rio. Com derrota por 2x1 fora e vitória pelo mesmo placar em casa, o jogo vai para os penaltis, onde Felipe se consagra e leva o time para a final da competição. Mas essa não foi a única decepção do ano. No Paulistão, o Corinthians também não fez uma boa competição, chegando apenas em 6º lugar. Para piorar, após a Copa do Mundo, Tevez, Mascherano e outros jogadores deixam a equipe. Na sulamericaca e no Brasileirão, campanha discreta. Na competição sulamericana, chegou até as Oitavas, onde perdeu para o Lanús, da Argetina. No Brasileirão, apenas uma 9ª colocação. 2007. Nunca a Fiel imaginaria que esse seria o pior ano da história alvinegra... No Paulistão, mais uma vez o Corinthians deixa a desejar e chega em 9º. Na Copa do Brasil, tropeço perante o Náutico, nas oitavas. Na Sulamericana, outro vexame: Eliminação perante o Botafogo do Rio, logo na Primeira Fase. Mas isso não é nada perto do que estava por vir... O Corinthians inicia o Brasileirão com boas apresentações e vitórias importantes, como os 3 x 0 no Cruzeiro, em pleno Mineirão. Na 7ª rodada, o Timão era um dos líderes do campeonato. Mas a partir daí as coisas começaram a complicar. O time começa a perder pontos importantes e começou o rondar a zona de rebaixamento. Para piorar, o time começa a ser notícia nas páginas policiais. Kia, Dualib e Cia se complicam com investigações policiais. Em meados de setembro, Dualib entrega o cargo e assume Andres Sanches. Porém, dentro de campo, as coisas iam de mal a pior. O Corinthians colecionava vexames dentro e fora de casa: 3x0 para o Cruzeiro, 5x2 para o Atlético MG, 1x0 para o Paraná, 2z1 para o Sport, 1x0 para o Náutico, 2x1 para o Flamengo, 2x2 perante o Atlético PR. Isso foram alguns das muitas derrotas que o Timão obteve. A briga para não cair estava acirrada entre o Coringão e Goiás. 28 de novembro. Um dia que poderia ser um dos mais felizes da história alvinegra, pois era a oportunidade de sair de vez da ameação de rebaixamento. Corinthians x Vasco. Pacaembu. O clima não poderia ser melhor. A Fiel lota o estádio, com fogos, sinalizadores e energia. Era o dia da redenção! Penúltima rodada. Uma simples vitória deixava o Corinthians matematicamente livre da ameaça de rebaixamento. Em campo, um time esforçado, mas péssimo tecnicamente. Tentava, atacava e nada. O tempo passava, a torcida não parava de cantar, mas o gol não saía. Segundo tempo. 45 minutos para fazer um gol. E nada dele sair. Até que veio a ducha de água fria. 18 minutos. Alan Kardec faz o gol que cala o Pacaembu. A Fiel não acredita no que vê. E chora. Chora por saber que agora "só" restava vencer o Grêmio, em pleno Estádio Olímpico, no domingo, ou torcer por uma derrota do Goiás parante o Inter, no Serra Dourada. O mesmo Inter que ainda não aceitava a perda do título de 2005. E chega o fatídico dia. 2 de dezembro. Olímpico lotado e todo o Brasil (inclusive torcedores do Internacional) torcem pela queda do Timão. Logo a 1 minuto de jogo, o Grêmio abre o placar, com gol de Jonas. Aos 28, ainda do primeiro tempo, Clodoaldo empata para o Timão. No Serra Dourada, o Inter faz o primeiro gol, mas toma o empate logo em seguida. Porém, o lance de maior suspense ainda estava por vir. Penalti para o Goiás. Paulo Baier cobra e o goleiro do Inter defende. Mas o juiz manda voltar, alegando que o arqueiro colorado se adiantou antes da cobrança. O mesmo Paulo Baier cobra. O mesmo goleiro defende. E o mesmo juiz manda voltar. Aí não tem jeito. A Fiel não acredita. E depois falam que o Corinthians é sempre beneficiado pela arbritagem. O Goiás troca o cobrador. E ele faz. Goiás 2 x 1 Inter. Enquanto isso no Olímpico, o Corinthians não demonstrava o menor sinal de reação. 43 minutos. A Fiel já começa a chorar. 49 minutos. O juiz apita o fim do jogo. O Corinthians é rebaixado para a Segunda Divisão do futebol brasileiro. A Fiel chora, mas logo as lágrimas são substituídas por gritos e promessas de amor. Em meio a sentimentos de tristeza, paixão e esperança, um grito ecoa nas arquibancadas do Estádio Olímpico: "Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo! Eu sou Corinthians!" E realmente nunca o abandonaram. No dia seguinte, dia 3, após as imensas gozações e tirações de sarro dos rivais no trabalho, escola e nas ruas, o corintiano sabia: o ano não seria tão ruim assim. No dia 5 de dezembro, é apresentado o novo técnico do Timão, responsável por levar o time de volta a Série A do Brasileirão: Mano Menezes. Junto com ele, a diretoria traz diversos jogadores, como Douglas, Chicão, Elias, André Santos, entre outros. O Marketing do Timão inicia uma série de campanhas, que foram verdadeiros sucessos, entre elas, a camiseta "Eu nunca vou te abandonar", a 3ª camisa de jogo, na cor roxa, com o slogan "Só o corintiano é rouxo", etc. O ano de 2008 começa com a Fiel apreensiva. Era o ano da subida. O timão TINHA que subir. Mas antes de iniciar sua saga na segunda, o Timão disputa o Paulistão. O time até que vai bem e chega na última rodada com chances de classificação para as semifinais. Mas uma derrota por 3 x 2 frente ao Noroeste termina com as chances do Coringão do torneio estadual. Na Copa do Brasil, o Corinthians faz uma boa campanha. Após emilimiar Barras do Piauí, Fortaleza, o Corinthians pega o Goiás nas oitavas. Com uma derrota por 3 x 1 no primeiro jogo, disputado no Serra Dourada, todo mundo já dava como certa a eliminação alvinegra. Mas aqui é Corinthians. Com um primeiro tempo arrasador no jogo de volta, o Timão faz 4 x 0 no Góías e parte para as quartas, onde enfrentaria um antigo algoz: o São caetano. Nessa altura do campeonato, a Série B já estava no início e o Corinthians seguia firme rumo a elite. Voltando à Copa do Brasil, o temido Sport (que já tinha eliminado Palmeiras, Inter e Vasco) seria o adversário da final. E dessa vez não deu para o Coringão. Com uma vitória por 3 a 1 no Morumbi e uma derrota por 2 x 0 na Ilha do Retiro, o Corinthians dá adeus ao sonho do título. Mas o Corinthians não se deixa abater e segue rumo à conquista da Série B, onde sobra na competição e bate recordes atras de recordes.
Ver "Campeonato Brasileiro Série B 2008" Mas não sabia que o ano ainda reservava uma das maiores alegrias dos últimos tempos.. Após a conquista do acesso e do título, a Fiel respira aliviada. 9 de dezembro. O Corinthians anuncia a maior contratação do futebol brasileiro: Ronaldo Fenômeno. O assunto é manchete no mundo todo. O título da Série A do São Paulo, conquistado dias antes, é totalmente ofuscado pelo Corinthians e Ronaldo. A apresentação do jogador, no dia 12, foi a maior da história do futebol brasileiro. Mas de 10 mil pessoas lotam a fazendinha para prestigiar o maior artilheiro da história das Copas. Junto com o Fenômeno, o Corinthians traz outros jogadores, como Cristian, Jorge Henrique, Souza, dentre outros. 2009 começa com grande esperança por parte da torcida corintiana. O principal objetivo do ano: conquistar uma vaga na Libertadores de 2010, ano do centenário do clube. Antes do início das competições oficiais, o Corinthians realiza uma série de amistosos. O principal deles foi contra o Estudiantes, da Argentina, no dia 17 de janeiro, no Pacaembu. Jogando um bom futebol, o Corinthians venceu por 5 x 1. O Timão havia dado seu recado: eu voltei! E voltou mesmo. Com uma belíssima campanha, o Corinthians conquista o 26º título paulista de sua história, de forma invicta. Com o status de campeão paulista, o Timão vai em busca do objetivo principal: vaga na competição sulamericana. O caminho mais fácil? Ganhar a Copa do Brasil. E não deu outra: com um futebol de encher os olhos, o Coringão conquista o tri da Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores no ano do centenário. Com os dois títulos nas duas competições disputadas no ano, o Corinthians disputa o Brasileirão de forma tranquila e termina apenas na 10ª colocação, apenas se preparando para 2010, o ano do Centenário! 2010 aos dias atuais: O início de mais um Século
No ano de 1990, o Corinthians ficou 34 partidas sem perder no Paulistão, mas deixou escapar a chance de fazer a final ao ser eliminado pelo Bragantino.
Com o mesmo time, o Corinthians foi para o Brasileirão com remotas chances de fazer um bom papel. E a estréia comprovou isso: derrotas para o Grêmio, 3 a 0, e Cruzeiro, 1 a 0, em casa. Vicente Matheus novamente trocou a comissão técnica. Zé Maria saiu e deu lugar a Nelsinho Batista, vice-campeão paulista pelo Novorizontino naquele ano. Pronto. O time ganhou nova cara e, com raça, chegou ao título brasileiro de 1990, o primeiro do clube.
Campeão Brasileiro, o Corinthians partia para uma missão maior: conquista a América e, talvez, o mundo. No primeiro semestre de 1991, o Timão manteve a equipe em três competições simultaneamente: o Brasileirão, a Copa do Brasil, e, a mais importante, a Libertadores da América.
No começo, o alvinegro obtém alguns bons resultados. Porém, com o acúmulo de jogos decisivos, o Corinthians acabou se dando mal. Primeiro na Copa do Brasil. Depois de eliminar o ABC e Cruzeiro, o time pára no Grêmio, nas quartas-de-final.
Depois, é a vez de cair na Libertadores. Após passar pela primeira fase, num grupo formado por Flamengo e os uruguaios Nacional e Bella Vista, o Corinthians é eliminado pelo Boca Juniors, da Argentina. Por fim, no Brasileirão, a equipe termina no quinto lugar na primeira fase, fica fora das finais e perde a chance do bicampeonato nacional. Com a eliminação, Nelsinho cai e Cilinho assume.
No Paulistão, o time realiza uma boa campanha, mas perde afinal para o São Paulo.
Em 1992, depois de montar um time caro, com Edu Manga, Nílson, Nelsinho e Henrique, o Corinthians só decepcionou e não terminou nem entre os quatro primeiros no paulista.
Já no ano seguinte, em 1993, o time consegue armar uma boa equipe, novamente com o técnico Nelsinho, mas perde duas finais para o rival Palmeiras, no Paulistão e no Rio-São Paulo.
Para o Brasileirão, o Corinthians se reforça com Rivaldo, Válber e Leto, do Mogi-Mirim. Ficaram conhecido como o “Carrossel Caipira”. Sob o comando de Mário Sérgio, faz uma ótima campanha. Mas por uma derrota, para o Vitória, deixa de fazer a final contra o Palmeiras.
Em 1994, com Carlos Alberto Silva como técnico, é apenas o terceiro no Paulistão e ainda perde o meia Rivaldo, que vai para o Palmeiras. No Brasileirão, reforçado com Marcelinho, Casagrande, Branco, Souza e Célio Silva, o Timão chega à final, mas perde outra vez para o Palmeiras.
Mas 95 foi diferente. Com o time mais entrosado, O Timão ganha dois títulos e se vinga do Palmeiras no Paulistão. (ver "Títulos - Campeão da Copa do Brasil de 1995" e "Títulos - Campeão Paulista de 1995").
Em 1996, o Corinthians contrata o atacante Edmundo, do Flamengo, para tentar conquistar a Taça Libertadores.
No começo, o Animal chegou até a fazer boas apresentações com a camisa do clube, como na vitória por 5 a 0 no São Paulo, pelo Paulistão. Além dele, o time contava apenas com o talento de Marcelinho, que fez um dos gols mais bonitos de sua carreira, na Vila Belmiro. O meia recebeu de Tupãzinho, deu um chapéu de letra num zagueiro e completou de primeira, no alto do gol do santista Edinho. Esse gol mereceu uma placa do rei Pelé.
O começo do ano foi péssimo. No Campeonato Paulista, apenas a quarta colocação. Na Copa do Brasil, eliminado pelo Cruzeiro. Na Libertadores, é eliminado pelo Grêmio, que foi o campeão. Edmundo briga com a diretoria e vai para o Vasco. Para completar, o time de Valdyr Espinosa termina na modesta 12ª colocação no Brasileirão.
De bom em 96, só a conquista do troféu Ramón de Carranza, na Espanha.


Com a entrada do novo patrocinador, (Banco Excel), no começo de 1997, o Timão consegue formar uma equipe milionária. Chegam para reforçar o time craques como Túlio, Antônio Carlos, Donizete e André. No Paulistão, a equipe, treinado por Nelsinho Batista, não encontrou adversários e chega fácil ao título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1997").
Para o Campeonato Brasileiro, Túlio e Marcelinho saem da equipe, mas chegam Rincón e Edílson. Apesar disto, o time vai mal das pernas e acaba sendo até ameaçado de rebaixamento.
O técnico Nelsinho cai, assim como seu substituto, Joel Santana. Apenas nas duas últimas rodadas, com o técnico Candinho, é que o time se safa do vexame, vencendo o Flamengo por 1 a 0 e o Goiás por 2 a 0, em Goiânia.
Para apagar a má campanha do Brasileirão do ano anterior, o time entra em 1998 contratando o técnico Wanderley Luxemburgo, o volante Vampeta, o zagueiro Gamarra e recebe de volta Marcelinho, comprado do Valência pela Federação Paulista de Futebol. O goleiro Ronaldo, descontente com o atual momento, deixa o clube após dez anos. Entra Nei.
No Paulistão, depois de ficar 13 jogos invictos, o Corinthians perde a chance de ser campeão invicto ao perder a final para o São Paulo, por 3 a 1.
Antes de disputar o Campeonato Brasileiro, o Timão participou da recém inaugurada Copa Mercosul. Foi simplesmente de doer: o pior time da copa, o lanterninha, com apenas uma vitória e um empate em seis jogos na primeira fase.
Para disputar o Brasileirão, o Corinthians contou praticamente com a mesma equipe. Apenas Souza e Célio Silva deixam o time.
E foi sensacional, liderando de ponta a ponta, até a conquista do título (ver "Títulos - Campeão Brasileiro de 1998").
O ano de 1999 começou também com um novo projeto Tóquio corintiano. Mas o clube perdeu o treinador, Wanderley Luxemburgo, convidado para treinar a Seleção Brasileira, e demorou a se acertar. Assumiu o cargo o auxiliar de Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira. Em sua primeira experiência como treinador, Oswaldinho teve que enfrentar muitas críticas. Foi substituído por Evaristo de Macedo, que durou pouco tempo. Caiu e voltou Oswaldinho, que dessa vez se firmou. Sua estréia foi justamente na segunda partida entre Corinthians e Palmeiras pelas quartas-de-final da Libertadores.
O primeiro jogo, o Palmeiras venceu por 2 a 0. Para continuar vivo, o Corinthians tinha que ganhar pela mesma diferença de gols para levar a decisão para os pênaltis. E foi o que aconteceu, com o placar de 2 a 0 para o Corinthians. Nos pênaltis, Dinei e Vampeta erram suas cobranças e perdem a classificação para o Palmeiras. E o inédito título novamente não veio.
Bastava agora o Paulista, já que também tinha sido eliminado na Copa do Brasil pelo Juventude, que viria a ser o campeão.
E a conquista veio, em uma final contra o Palmeiras (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1999").
O Corinthians entra no segundo semestre para disputar dois campeonatos: a segunda edição da Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro.
Na Copa Mercosul, só consegue a classificação para as quartas-de-final através de um sorteio contra o Boca Juniors (ambos empataram em tudo na primeira fase). Nas quartas, pega o San Lorenzo, da Argentina. O Timão perde os dois jogos e se despede da competição.
No Brasileirão, vai com força total para tentar o tricampeonato. Foi o time que mais fez contratações: foram contratados o goleiro Dida, os zagueiros Nenê e João Carlos, o lateral César Prates, o volante Marcos Senna, o meia Luiz Mário e o artilheiro Luizão. Com um time desses, o título veio fácil (com umas doses de sofrimento, é claro), chegando ao tricampeonato (ver "Títulos - Campeão Brasileiro de 1999").
Foi o primeira vez que o Timão conquistou o Paulistão e o Brasileirão no mesmo ano.
O Corinthians entrou no ano 2000 com um único objetivo: conquistar o primeiro Mundial Interclubes da FIFA. Com sede no Brasil, foi realizado com os campeões de todos os continentes.
E o Corinthians conquista o mundo, de maneira sofrida, e se torna o primeiro (e até o final de 2005, único) campeão mundial reconhecido pela entidade máxima do futebol (ver "Títulos - Campeão Mundial da FIFA - 2000").
Depois dessa grande conquista, o Corinthians termina mal o 1º semestre. Na Copa do Brasil, escala os reservas em função da Libertadores e é eliminado pelo Botafogo-RJ. No Paulistão, é eliminado pelo São Paulo na semifinal.
Mas a grande tragédia foi a desclassificação na Libertadores, na semifinal. Como no ano anterior, o Palmeiras eliminou o Timão novamente nos pênaltis. O primeiro jogo foi um dos mais emocionantes jogos entre os dois times. Placar final: 4 a 3 para o Corinthians. No segundo jogo, o Corinthians começa perdendo, vira o jogo, mas permite uma nova virada, agora do Palmeiras: 3 a 2. Nos pênaltis, deu Palmeiras: 5 a 4. Marcelinho, o 6º maior artilheiro da história do clube com mais 177 gols, foi o responsável pela cobrança desperdiçada pelo Corinthians. O sonho de conquistar a América estava acabado, pelo menos naquele ano...
No segundo semestre, o timão foi muito mal e não conseguiu um bom desempenho na Copa Mercosul (o que não é nenhuma novidade). No Campeonato Brasileiro, que se chamou Copa João Havelange devido as “novidades” que os homens que comandam o futebol adoram inventar, o Corinthians também não teve um desempenho e teve que tomar cuidado para não ser rebaixado.
Disputando estes dois campeonatos, o Corinthians bateu um recorde. Pena que negativo. O time conseguiu a proeza de ficar 13 jogos seguidos sem ganhar. Foram 3 empates e 10 derrotas. Nestas 10 derrotas seguidas, o timão perdeu para o Atlético-PR, Portuguesa, Bahia, Guarani, Olímpia do Paraguai, Fluminense, Sport, Internacional, Cruzeiro e Juventude. Neste meio tempo, o Corinthians mudou várias vezes de técnico. Entrou Vadão, Everisto de Macedo, porém ambos caíram e entrou Darío Pererira. E com esse entra-e-sai, o Corinthians terminou o ano e não venceu...
O principal objetivo do Corinthians no começo do ano foi, no mínimo, inusitado: vencer uma partida urgentemente. O time já estava a 13 jogos sem ganhar e isto estava deixando jogadores e torcedores desesperados. O primeiro jogo do Corinthians no ano foi contra o Botafogo no Rio, no dia 17 de janeiro, num jogo válido pelo Torneio Rio - São Paulo. O resultado foi decepcionante: 3 a 3.
No Paulistão, o Corinthians estreou contra o Rio Branco de Americana, no dia 21 de janeiro. Jogando no Pacaembu, o Timão apenas empatou em 3 a 3 e perdeu nos pênaltis (as partidas terminadas empatadas no paulistão iam para os pênaltis e o time que vencesse somava mais um ponto) e não conseguiu a vitória tão desejada, aumentando para 15 os jogos sem vitória.
O próximo jogo foi contra o Flamengo, pelo Rio – São Paulo. O corintiano, no fundo de seu íntimo, sabia que aquela noite seria diferente. E foi. Num dos jogos mais emocionantes da história do “clássico das multidões”, o Corinthians venceu o Flamengo e quebrou um dos mais incômodos jejuns de sua história (ver "Jogos históricos - Corinthians x Flamengo - Torneio Rio-São Paulo de 2001").
A partir daí, o Corinthians teve altos e baixos. No torneio Rio – São Paulo não conseguiu a classificação para as semifinais. Agora, restava apenas o Paulistão.
O Corinthians começou terrível o Campeonato Paulista. Depois do empate frente ao Rio Branco, o time perdeu para a Ponte Preta e Portuguesa Santista. Só foi ganhar na quarta rodada, na estréia de Wanderley Luxemburgo no banco corintiano, substituindo Darío Pereira. E justamente contra o Palmeiras. O Timão mostrou raça e conseguiu uma bela vitória por 2 a 1. Depois disso foi só alegria, que culminou com a conquista do título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 2001").
Paralelamente ao Paulistão, o Corinthians também disputava a Copa do Brasil, onde também estava se dando bem. Na primeira fase, derrotou o Joinville por 3 a 1 fora de casa e eliminou a partida de volta, já que na 1ª e 2ª fase o time visitante que ganhar por dois de diferença, não precisa jogar o jogo de volta. Na segunda fase, O Timão enfrentou o Goiânia fora de casa e ganhou por apenas 1 a 0, resultado que nçao eliminou o jogo de volta, que foi vencido pelo Corinthians por 3 a 1. nas oitavas, o Corinthians enfrentou o Flamengo do Piauí. Com duas belas vitórias (8 a 1 e 3 a 0), o Corinthians seguiu em frente para pegar o Atlético Paranaense.
O primeiro jogo, no Pacaembu, o Corinthians não jogou um bom futebol e apenas empatou em 0 a 0. No segundo jogo, na Arena da Baixada, todos esperavam uma vitória do time paranaense. Porém, a raça corintiana falou mais alto e o Timão venceu por 1 a 0.
Na semifinal, o Corinthians enfrentou a Ponte preta e não teve trabalho. Com duas vitórias (2 a 0 e 3 a 0), o Corinthians vai a sua segunda final da Copa do Brasil, contra o mesmo Grêmio que perdeu em 1995.
O primeiro jogo, no Estádio Olímpico, o Corinthians conseguiu um bom empate em 2 a 2, apesar de estar vencendo o jogo por 2 a 0. A segunda partida, disputada no Morumbi, o Grêmio foi superior e venceu por 3 a 1. Com essa derrota, o Corinthians perdeu a melhor oportunidade de se classificar para a Taça Libertadores da América. Agora, iria ter que vencer a Copa dos Campeões, disputada no Nordeste (onde conseguiu uma vaga pelo título paulista). Porém, o Corinthians não foi bem nesta competição e foi eliminado pelo Coritiba em duas derrotas. Ainda não fora daquela vez.
Além disso, o timão perdeu o meia Marcelinho, que foi dispensado do clube depois de discussões com jogadores e o técnico Luxemburgo.
No segundo semestre, o Corinthians não foi bem no Campeonato Brasileiro e ficou na zona intermediaria de classificação. Já na Copa Mercosul, o Timão começou bem e chegou nas semifinais. Entretanto, o time foi eliminado pelo San Lorenzo, da Argentina, e não conseguiu ganhar seu primeiro título sulamericano.
Em 2002, devido a mudanças no calendário futebolístico brasileiro, o Campeonato Paulista deixou de ser a principal competição. No lugar, ficou o Torneio Rio-São Paulo, que além dos 4 grandes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) e do Rio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), contou com a participação de mais cinco equipes paulistas (Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, São Caetano e Jundiaí) e três cariocas (América, Americano e Bangu). O último paulista e carioca cairiam para O Campeonato Paulista e Campeonato Carioca, respectivamente. Antes de começar os campeonatos, Luxemburgo é demitido e no seu lugar entra o técnico tetra campeão pela Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira.
E com uma tática perfeita, onde o time tocava a bola calmamente, de pé em pé, até chegar ao gol, o Timão conquista dois campeonatos, no intervalo de três dias: o }Torneio Rio-São Paulo e a }Copa do Brasil.
Para terminar o 1° semestre, o time ainda disputaria o inédito SuperCampeonato Paulista, envolvendo o campeão paulista (Ituano e os 3 melhores paulistas na primeira fase do Rio-São Paulo (Corinthians, Palmeiras e São Paulo).
O Torneio já começava na semi-final. O adversário do Corinthians foi o Ituano. Com uma derrota (2 a 0) e uma vitória por 3 a 2, o Corinthians perdeu no saldo de gols e deu adeus a competição. Mas isso não tirou a alegria dos torcedores, que ainda comemoravam a dupla conquista, que não é sempre que acontece.
O Corinthians entra no segundo semestre para disputar duas competições: A Copa dos Campeões (torneio que dava uma vaga na Libertadores) e o Brasileirão.
Na Copa dos Campeões, o Timão cai em um grupo com Fluminense, Paysandu e Náutico. Empata com Paysandu e Náutico e perde para o Flu, dando adeus a competição.
No Brasileiro, o Corinthians fez uma boa campanha e chegou em terceiro lugar na primeira fase, atrás apenas de São Caetano e São Paulo.
Nas oitavas de final, o Timão enfrentou o Atlético Mg. Venceu as duas partidas 9com diretio a um 6 a 2 em pleno Mineirão) e seguiu em frente, para enfrentar o Fluminense na semifinal.
O primeiro jogo foi no Rio e o Timão voltou de lá com uma derrota: 1 a 0. Mas o troco seria dado no Pacaembu. Jogando um futebol que só o Corinthians sabe jogar, o time venceu por 3 a 2, depois de começar perdendo e virar para 3 a 1. Estávamos em mais uma final de Brasileiro, onde o time pegou o Santos. Com duas derrotas (2 a 0 e 3 a 2), oTimão deixa escapar o tetra...
Mas tudo bem, não temos do que reclamar desse ano que foi um dos melhores da história.
O ano de 2003 veio pra confirmar a hegemonia corintiana no estado, com a conquista do 25º título paulista, um recorde absoluto.
Mas o time deu uma grande decepção: a eliminação, novamente, da Libertadores, onde o Timão perdeu para o River Plate os dois jogos.
O Brasileirão de 2003 começou com uma mudança radical: pontos corridos. O Timão não foi muito bem e não fez uma boa campanha. O campeão foi o Cruzeiro.
O ano de 2004 não foi muito bom para o Corinthians. No Paulista, fez uma camapnha pífia. Na última rodada, para escapar do rebaixamento, o Timão tinha que ganhar da Portuguesa Santista, no Pacaembu. Se perdesse, o São Paulo teria que ganhar o jogo. E foi o que aconteceu. O Timão perdeu o jogo, mas graças a vitória do São Paulo, permaneceu na primeira divisão.
No Brasileiro, mais uma vez o time não faz uma boa campanha e vê o Santos se tornar bicampeão.
Antes de terminar o ano, o Timão assina uma parceria com um fundo de investimento ingles, a MSI. Assim que chega, o parceiro, comandado por Kia Jorabichian, faz uma contratação bombástica, que prometia antes de assinar o contrato: Carlitos Teves, ídolo argentino, artilheiro das Olímpiadas de 2004, pela Argentina, que foi a campeã.
Junto com Carlitos, chegou outras "estrelas": o zagueiro, também argentino, Sebá, Carlos Alberto (ex Fluminense), Roger, Gustavo Nery e Marcelo Mattos.
Além desses, o time contratou o jogador Mascherano, do River Plate, que, apesar de já contratado, só iria vir ao Timão no meio do ano.
No Paulistão de 2005, disputado em pontos corridos, o time sentiu o não entrosamento e chegou em segundo lugar, atrás do São Paulo.
Mas todo mundo sabia que esse time iria dar trabalho no futuro. Foi o que aconteceu no Brasileirão, onde conquistamos o Tetra Campeonato, sob a liderança da Carlitos Tevez!
Depois da invasão do Maracanã e de fazer a final do Campeonato Brasileiro com o Internacional, o Corinthians entra embalado em 1977 e disposto a acabar com o jejum de 23 anos. 
No começo do ano, a equipe do Parque São Jorge faz sua primeira participação em Taças Libertadores da América. Com a condição de segundo melhor time do país, o alvinegro classificou-se para um grupo com Internacional, de Porto Alegre e os equatorianos Nacional e Deportivo Cuenca. Logo na estréia da competição, o Corinthians vem com mudanças na equipe. O técnico, chamado de burro pela torcida depois da derrota por 3 a 0, para o Guarani, no Pacaembu, é demitido. Em seu lugar, entra, pela terceira vez, Osvaldo Brandão, o mesmo que deu o último título ao Corinthians em 1954. Na sua estréia, dia 4 de abril, 80 mil pessoas foram ao Morumbi ver o empate em 1 a 1 contra o Inter. Os jogos seguintes, na Libertadores, porém, não foram tão bons para o técnico. No equador, derrotas por 2 a 1. Em Porto Alegre, outro fracasso: 1 a 0 Internacional. Com isso, o time apenas cumpriu tabela na competição, após vencer os dois jogos restantes no Pacaembu. Eliminado logo de cara em sua primeira competição internacional oficial, o Corinthians passou a disputar toda a sua energia no Paulistão. O resultado todo mundo sabe: o Timão faturou o Paulistão e quebrou o incômodo jejum de 23 anos. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1977"). Encerrada a festa do título, o Corinthians segue em busca de um novo objetivo: vencer um campeonato nacional. Após chegar perto em 1976, o time, com o status de campeão paulista, entra no Brasileirão de 

1977 atrás dessa meta. Nas duas primeiras fases, o timão se dá bem e passa sem dificuldades. Mas, quando chega a terceira fase, pega um grupo forte, com Flamengo, Vasco, Santos e Londrina e é eliminado Em 1978, a paz estava de volta ao Parque São Jorge. O Corinthians parte agora para o crescimento. Apesar de não trazer o bicampeonato estadual, o time fecha o ano com uma grande recordação: a contratação do meia Sócrates, revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto. O doutor estréia pelo Timão no dia 20 de agosto, num jogo contra o Santos que levou mais de 100 mil pessoas ao Morumbi e terminou 1 a 1. Mas é no ano seguinte que Sócrates dá a primeira alegria para a torcida alvinegra. Depois que clube desistiu de participar do desorganizado Campeonato Brasileiro, a conquista do título paulista passou a ser uma obrigação. Com um time cheio de estrelas, como Zé Maria, Amaral, Wladimir, Sócrates e Palhinha, o Corinthians era um dos favoritos naquele campeonato. Mesmo assim, teve que batalhar, e muito, para chegar até a final, onde novamente enfrentou a Ponte e venceu de novo. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1979"). Nos anos seguintes, o alvinegro realizou campanhas apenas regulares no Paulistão, sendo 4º colocado em 1980 e apenas 8º em 1981. No Brasileirão, chegou a ir bem em 80, quando ficou em 5º, porém, despencou em 81 com a 26ª colocação, a pior em toda a história do clube. Com a entrada do novo presidente, Waldemar Pires, no lugar de Vicente Matheus, o Corinthians muda completamente sua estrutura. O diretor, Adílson Monteiro Alves, apóia o grupo de jogadores, liderado por Sócrates, e inicia o projeto da Democracia Corintiana. A idéia visava unir o elenco e fazer com que ele tivesse o direito de livre expressão. Apesar das pressões internas e externas (o país vivia os estertores da ditadura militar), a iniciativa obteve êxito. Primeiro, quando o time conseguiu sair da Taça de Prata do Campeonato Brasileiro e chegou à quarta de final na Taça de Ouro, no mesmo ano. Mas a maior conquista da Democracia Corintiana foi a conquista do bicampeonato paulista, derrotando o São Paulo, na final, dois anos seguidos. (ver "Títulos - Bicampeão Paulista 1982/83"
 
Em 1984, Sócrates foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por 1,5 milhões. A venda marca o fim de uma era no clube. Quando tudo parecia ter voltado ao normal, chegou a Copa União e, com ela, mais um vexame. O time terminou na última colocação entre os 16 participantes e conseguiu apenas duas vitórias em toda a competição.). Com dinheiro em caixa, o Timão monta uma verdadeira seleção. Chegam ao Parque São Jorge o atacante João Paulo, ex-Santos, o meia Arthurzinho, o lateral-direito Edson, o goleiro Carlos, o volante Dunga e o atacante Lima. No Brasileirão, o time vai bem até a fase semifinal, onde o Timão sente falta do doutor Sócrates. No Paulistão, faz uma boa campanha, mas perde e chance de ser tri ao perder a final para o Santos por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa. Com o fim da Democracia, o Corinthians volta a ser uma equipe normal, porém, desunida. O presidente Waldemar Pires, antes de perder as eleições, traz o atacante Serginho, carrasco na final do Paulistão de 1984, e o zagueiro Hugo De León, por US$ 1,7 milhões. Uma quantia recorde na época para o futebol brasileiro. O ex-beque do Grêmio, no entanto, não corresponde, e o clube passa por um momento difícil. O novo presidente, Roberto Pasqua, vê o Timão ser eliminado cedo no Campeonato Brasileiro e não ficar entre os quatro primeiros no Paulistão. Em 1986, Pasqua, muito criticado, resolve dar uma cara nova à equipe, contratando jovens, como Wilson Mano, Edvaldo, Cacau e Cristóvão. Além deles, chega também o experiente Valdir Peres para disputar uma posição com o goleiro Carlos, titular da Seleção Brasileira na Copa do México, em 1986. Pouco entrosado, o Timão perde para o Palmeiras nas semifinais do Paulistão e cai diante do América, do Rio de Janeiro, nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro. O atacante Casagrande, cansado das críticas, resolve deixar o país e parte para a Europa, onde vai defender o Porto, de Portugal. O ano de 1987 começa com o retorno do presidente Vicente Matheus, que havia dirigido o clube pela última vez em 1981. Assim que entrou. O dirigente fez uma contratação de peso: o meia Jorginho, ex-jogador do Palmeiras. Porém, para desespero da torcida, ele era o único reforço para aquela temporada. Começou, então, o Campeonato Paulista e a equipe fez uma de suas piores campanhas em todos os tempos. No primeiro turno, em 19 partidas, o time venceu apenas quatro, empatou seis e perdeu nove, ficando assim na penúltima colocação, com 14 pontos ganhos. Nesse período, três técnicos passaram pelo Timão: Jorge Vieira, Basílio e Formiga. Na última rodada do trágico primeiro turno, o Timão enfrentou a Ponte Preta, no Pacaembu. Curiosamente, após um gato preto ter cruzado o gramado do estádio, o Corinthians melhorou, venceu a partida por 3 a 0 e partiu para uma incrível virada. Após essa partida contra a macaca, o Corinthians engrenou e arrancou no campeonato. Contando com o mesmo elenco e jogando contra as mesma equipes, o Timão chegou à liderança, venceu 13 jogos, empatou cinco e perdeu apenas um, para o São Bento, quando já estava classificado para as semifinais. Ali, jogou contra o Santos e aplicou uma goleada de 5 a 1, com quatro gols do atacante Edmar, artilheiro da competição com 19 gols. Na final contra o São Paulo, então campeão brasileiro, o Corinthians acabou parando. Mas o mais importante para a Fiel foi que o clube soube reagir e sair da lama. Na decisão, mesmo perdendo o título, a torcida saiu cantando. Mas em 1988, o time voltaria a seu time vencedor, conquistando o Paulistão (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1988" Denys, como já se esperava, não fez nada de bom. Neto, porém, compensou a transação sozinho.). No ano seguinte, Vicente Matheus assume novamente. Apesar de reforçado, o time treinado pelo ex-jogador Palhinha não correspondeu às expectativas no Paulistão. Para tentar solucionar o problema, Matheus trouxe o experiente técnico Ênio Andrade. Com ele, o Timão reagiu e chegou até as semifinais do Paulistão, mas perdeu para o São José e caiu fora das finais. Descontente com o rendimento de Neto, a diretoria do Palmeiras propôs ao Corinthians uma troca: dar o passe do meia, mais o lateral Denys, pelos dos alvinegros Ribamar e Edson, lateral-direito. Sem pensar duas vezes, o Timão realiza o negócio. Na Copa do Brasil, fez uma partida fantástica contra o Flamengo, no Pacaembu. O Corinthians havia perdido o primeiro jogo por 2 a 0, no Maracanã, e precisava de uma vitória por dois ou mais gols de diferença em São Paulo. Liderado pelo meia, autor de dois gols, o Timão chegou a fazer 4 a 1, mas tomou o castigo a dois minutos do final. A derrota, porém, não desanimou a equipe. No Campeonato Brasileiro, o alvinegro fez uma boa campanha e chegou em 6º lugar. 1990 à 2005: Anos dourados
Após a espetacular conquista do título de 1954, a torcida não poderia imaginar que o clube entraria na pior fase de sua história. Mas apesar disso, o Corinthians teve um retrospecto considerado bom no primeiro dos 22 anos de jejum.

Mais pelo que fez no final de 1955, já que no início dele, o Corinthians ficou na última colocação do Rio-São Paulo, que havia ganhado nos dois anos anteriores. A fraca campanha no torneio, nove jogos, uma vitória e cinco derrotas, não teve explicação lógica e deixou os torcedores preocupados. Porém, um torneio amistoso realizado após o Rio-São Paulo acabou trazendo a paz de volta ao alvinegro. A Taça Charles Miller, que contava com a presença de Palmeiras, Flamengo, Américo do Rio, Peñarol e Benfica, foi conquistada com muito brio. A conquista da Taça Charles Miller não foi a única de 1955. As Organizações Victor Costa (futura Rede Globo) promoveram um concurso par escolher o time mais querido do Brasil, através do voto popular. Não preciso nem dize quem ganhou esse troféu, né? Com 471.450 votos, o Timão ficou a frente do Flamengo (155.300 votos) e levou mais esse belo troféu para casa.

Em 1959, Vicente Matheus assume a presidência pela primeira vez e começa fazendo mudanças. A primeira delas é colocar o técnico Sílvio Pirillo no comando da equipe. Em campo, porém, o alvinegro continua na mesma. Com um elenco limitado, termina o Rio-São Paulo em penúltimo, enquanto que no Paulistão fica apenas com o quinto lugar. Logo depois, o treinador perdeu o cargo. Em seu lugar entrou Alfredo Ramos, e em seguida Jim Lopes. Todos, no entanto, passaram e não deixaram boas lembranças. Muitos dizem que o cartola tirou o dinheiro do próprio bolso para trazer o jogador. Conhecido por sua fama de indisciplinado, o craque causou ciúmes no elenco, devido ao seu alto salário. No ano seguinte, em 1962, o Corinthians começou mal e quase acabou numa boa. Após perder por 3 a 0 para o Palmeiras e ser eliminado do Rio-São Paulo, o Timão se reforçou com os atacantes Nei e Silva e conseguiu se sair bem no Paulistão. Quando o time parecia dar sinais de melhora, veio o Campeonato Paulista, e uma série de fracassos. Os maus resultados fizeram com que a diretoria trocasse três vezes o técnico durante a competição. O primeiro, Fleitas Solich, caiu e deu lugar a Rato, que chegava para treinar o Timão pela 11ª vez. Um recorde. Porém, com 33 anos, e muito mal fisicamente, a chegada do velho Mané não entusiasmou os torcedores por muito tempo.No ano seguinte, a única lembrança positiva do Timão é o atacante Paulo, artilheiro do Torneio de Classificação do Paulistão, com 19 gols. O ano de 1957 acaba dando apenas uma felicidade para o Timão. Em uma partida contra o Santos, em novembro, o clube conquista a posse definitiva da Taça dos Invictos, um troféu oferecido pelo jornal “A Gazeta Esportiva” ao time que ficasse mais tempo invicto no Paulistão. Com a saída dos principais atacantes do time, Carbone, Cláudio e Baltazar, a equipe viu-se obrigada a passar por uma reformulação. Porém, sem dinheiro em caixa e com poucas revelações vinda dos juniores, o Corinthians acabou se enfraquecendo. Os três goleadores encerraram a carreira e deram lugar para jovens como Índio, Zague e Roberto Bataglia. Com exceção de Zague, que foi artilheiro do time em 1958 e 1959, os outros atacantes não conseguiam marcar os gols que os antigos ídolos faziam. Assim, o Corinthians, em 1958, ficou em terceiro, tanto no paulista, quanto no Rio-São Paulo. Apesar de ter feito 93 gols no Campeonato Paulista, o Timão não impressionou. Afinal, a grande sensação do torneio era o Santos, de Pelé, que marcou 123 gols. Os maus resultados acabaram trazendo conflitos para o Parque São Jorge. O técnico Sílvio Pirillo se desentendeu com Luizinho e o atacante decidiu sair do clube, indo para o Juventus. Em 1960, o Corinthians fez uma campanha modesta no Rio-São Paulo. Terminou na terceira colocação. A mesma do Campeonato Paulista, onde ficou atrás de Santos e Portuguesa. No começo de 1961, o Corinthians fez um amistoso contra o Flamengo, no Parque São Jorge, para inaugurar o sistema de iluminação de seu estádio. A goleada dada por 7 a 2 impressionou e deu ânimo para que a equipe buscar o título que não conquistava havia sete anos. Mas, passada a festa contra os cariocas, o alvinegro voltou à estaca zero. Os reforços que chegaram do Flamengo, Espanhol, Manoelzinho, Ferreira e Beirute, não convenceram e ainda fizeram com que o Corinthians virasse motivo de risos. “Faz-me rir”, nome de uma canção de sucesso cantada por Edith Veiga, virou o apelido do time. O folclórico Vicente Matheus, que assumiu a presidência do clube em 1959, começou fazendo de tudo para tentar tirar o Corinthians do jejum de títulos. Em uma tentativa desesperada, comprou o passe do atacante Almir Pernambuquinho, do Vasco, por cerca de 7 milhões de cruzeiros, uma fortuna na época. Almir acabou não jogando bem e foi vendido no ano seguinte para o Boca Juniors, da Argentina. Justamente em sua estréia por lá, fez dois gols em cima do Corinthians, na goleada de 5 a 0 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires. Matheus, que veio da Espanha em 1914 aos 6 anos, voltou a presidir o clube mais sete vezes: 1972, 1973, 1975, 1977, 1979, 1987 e 1989. Nesse período, conquistou dois dos mais importantes títulos do Timão: o Paulistão de 1977 e o inédito Brasileiro em 1990. Casado com Marlene Matheus, que também presidiu o clube, de 1991 à 1993, Vicente ficou marcado por suas frases, umas verdadeiras, outras, pura lenda: _”O Sócrates é invendável e imprestável.” _”Quem sai na chuva é para se queimar”. O ex-presidente morreu em 1997, de câncer, aos 88 anos. Com os constantes fracassos, os torcedores adversários cantavam o “Faz-me rir’ a cada jogo do Corinthians. Para piorar ainda mais a situação, o time perdeu por 7 a 0 para a Portuguesa e terminou o Campeonato Paulista de 1961 na Sexta colocação. Cansado das gozações e da má administração, o goleiro Gilmar dos Santos Neves decide sair do Corinthians. O presidente Wadih Helu, eleito no início do ano, não conseguiu segurá-lo, já que o Santos ofereceu 10 milhões de cruzeiros, uma fortuna para a época. Com 18 vitórias em 30 jogos, alvinegro ficou em segundo lugar, atrás apenas do tricampeão Santos. Silva, com 29 gols, e Nei, com 17, deram um pouco de esperança para a torcida. Ainda nesse campeonato, uma partida decisiva contra o peixe, no Parque São Jorge, bateu o recorde de público no estádio (27.384 pagantes). O Santos venceu por 2 a 1. Em 1963, o Corinthians seguia em boa fase, mas ainda bem abaixo do Santos. No Rio-São Paulo, o Timão venceu todos os jogos contra os cariocas, mas perdeu três clássicos, contra o Santos, São Paulo e Palmeiras, e viu o peixe ser campeão. Com um time muito jovem, Rato não conseguiu ser melhor e também acabou sendo demitido. Silva brigou com o diretor de futebol, Elmo Franchini, e foi afastado do time. O último técnico, Del Debbio, não teve como evitar o fracasso. Resultado: o Corinthians fez sua pior campanha em Campeonatos Paulistas, terminando na 11ª colocação. Em 30 jogos, o alvinegro perdeu 11 e ganhou somente 10. Em 1964, com o retorno de Silva e de Luizinho, e a chegada de Flávio, o Timão volta a ter uma equipe competitiva. Disputando o Paulistão palmo a palmo com o Santos, o clube fez a sua torcida vibrar naquele ano, que já era o décimo de fila. O atacante Flávio, um dos melhores artilheiros da história do futebol brasileiro, acabou na segunda colocação entre os goleadores com 22 gols, atrás somente de Pelé. E disputa entre os dois alvinegros era tão intensa que em uma partida na Vila Belmiro, os torcedores acabaram superlotando o estádio e causando um tumulto. No dia 20 de setembro, cerca de cem pessoas ficam feridas no estádio, obrigando o juiz Armando Marques a suspender a partida, que marcou o recorde de público do estádio. O jogo foi recomeçado no dia 30, só que dessa vez no Pacaembu, e terminou empatado em 1 a 1. Para desespero dos corintianos, nas últimas rodadas o time caiu de produção. O técnico Osvaldo Brandão assume de novo. Porém, em sua reestréia como técnico, a equipe perdeu a chance de ser campeã, ao ser goleada pelo Santos, na Vila Belmiro, por 7 a 4. Depois de brilhar nas categorias de base do clube, o meia Rivelino ganhou a chance de ser titular com Brandão. Em sua estréia, no início de 1965, o time ganha do Santa Cruz por 3 a 1, e Riva marca o seu primeiro gol como profissional. 

O Corinthians também venceu o Náutico, o Sport e o São Paulo e faturou um torneio amistoso na capital pernambucana. Para fortalecer o time, o presidente Wadih Helu contratou o meia Dino Sani e o goleiro Marcial. Com esses reforços, o Timão fica em terceiro no Paulista, e Flávio termina como vice-artilheiro do campeonato, com 30 gols. Rivelino logo ganhou o apelido de “Garoto do Parque”. Em novembro, o Corinthians foi convidado pela CBD, Confederação Brasileira de Desportos, para representar a Seleção Brasileira em um amistoso na Inglaterra. Formado por Marcial, Galhardo (Jair Marinho), Eduardo, Clóvis e Edson; Dino Sani e Rivelino; Marcos, Flávio, Nei e Geraldo (Gilson Porto), o Timão perdeu por 2 x 0 para o Arsenal, mas voltou orgulhoso com a homenagem. Para tentar pôr fim ao jejum, o Corinthians começou o ano de 1966 fazendo uma contratação bombástica: o bicampeão mundial Garrincha, ex-Botafogo. Em sua estréia, no Torneio Rio-São Paulo, Garrincha não jogou nada e ainda teve que assistir ao Corinthians perder para o Vasco, por 3 a 0, no Pacaembu, no dia 2 de março. No final daquele mês, devido à Copa do Mundo, a CBD resolveu encerrar o Rio-São Paulo. Com isso, quatro clubes que estavam empatados na primeira colocação com 11 pontos foram declarados campeões. O Corinthians, que pelo critério de desempate, era o quarto colocado, atrás de Botafogo, Santos e Vasco, nem comemorou aquele que seria o título que poderia dar um fim ao jejum (ver "Títulos - Torneio Rio-São Paulo de 1966") Quase: no dia 15 de dezembro, o Timão quase quebrou o tabu de nove anos sem vencer o Santos. A partida estava 1 a 1, quando Nair, do Corinthians, perdeu um pênalti a dois minutos do final. No segundo tempo, o Corinthians começa pressionando e Rivelino chuta uma bola na trave. Logo depois, aos 13 minutos, Paulo Borges faz 1 a 0, após uma tabela com Flávio. Melhor em campo, o Timão segue firme em busca do objetivo. Aos 31 minutos, Rivelino lança Flávio, que aproveita a chance e aumenta: 2 a 0. Depois disso, o time só esperou o juiz encerrar para poder comemorar. Fim do tabu. A torcida invadiu o campo e carregou os heróis como se eles tivessem conquistado um título.. No Campeonato Paulista de 66, já sob o comando do técnico Zezé Moreira, Garrincha faz os seus últimos jogos pelo alvinegro. Mané disputou mais quatro jogos. O último deles no dia 23 de novembro na vitória de 1 a 0 em cima da Prudentina. No total, o atacante fez 13 jogos e marcou dois gols em um ano de Corinthians. Em 1967, o Corinthians contrata o técnico Lula, que dirigia o Santos havia 14 anos. No Paulistão, o time fica em terceiro lugar e o atacante Flávio, com 21 gols, terminou como principal artilheiro. No primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão), precursor do Campeonato Brasileiro, o Corinthians faz uma boa campanha e termina na terceira colocação. No Campeonato Paulista de 1968, o Timão entrou com todo o gás para finalmente acabar com o jejum de 13 anos sem títulos. No dia 6 de março, o Pacaembu foi palco de uma das partidas mais emocionantes da história do clube. Até aquela data, o Corinthians já estava 11 anos e 22 partidas sem ganhar do Santos. Um tabu que vinha desde os 3 a 3 em 1957, quando o Timão conquistou a Taça dos Invictos e jogou pela primeira vez contra o Rei Pelé. Mas dessa vez não teve pra ninguém. Contando com os novos reforços Paulo Borges, Bulão e Eduardo, além do técnico Lula, o Corinthians entrou em campo determinado e pronto para passar pelo difícil, até então imbatível, Santos de Pelé. No primeiro tempo, o jogo terminou empatado. O grande destaque foi o zagueiro Luis Carlos, que fez uma marcação implacável no Rei. Ver "Jogos históricos - Corinthians x Santos - O fim do tabu (1968)". Dois meses depois dessa histórica vitória, o Corinthians teve que amargar o trauma de chegar e morrer na praia. O time outra vez realizou uma boa campanha, mas no final do Paulistão, perdeu o título para o Santos. Em 1969, o time se reforçou com Aldo, Miranda, Suingue e Ivair e começou a brilhar no Paulistão. Mas após a morte do ponta-esquerda Eduardo, num acidente de carro que também morreu um outro jogador corintiano, Lidu, o time desanimou, perdeu a liderança e depois o título para o Santos. No segundo semestre, o Timão deslanchou e chegou ao quadrangular final do Robertão. Só que, para tristeza da torcida, especialmente a recém-criada Gaviões da Fiel, o time perdeu para o Cruzeiro na última rodada e desperdiçou a oportunidade de ser campeão. No ano seguinte, o alvinegro contratou o lateral-direito Zé Maria e o atacante Mirandinha. Mas o péssimo rendimento no ano fez com que o clube entrasse em crise. Wadih Helu perdeu as eleições em 1971 e o time passa por dificuldades financeiras. No ano seguinte, o presidente Miguel Martinez foi destituído, e Vicente Matheus voltou a presidir o clube. Em campo, o Timão acabou novamente em quarto lugar no Campeonato Brasileiro e no Paulistão. Em 1973, apenas o treinador mudou: Lustrich assumiu no lugar de Duque. Em 1974, depois de eliminar o São Paulo nas semifinais do Paulistão, o Corinthians conseguiu chegar a final do campeonato e teve a chance de acabar com o jejum que durava 20 anos. Na final contra o Palmeiras, a torcida lotou o Morumbi e já dava como certa a vitória. Porém o rival estragou a festa ao ganhar por 1 a 0, gol de Ronaldo. Desesperados, os diretores do Corinthians culparam Rivelino pela perda do título e acabaram vendendo o craque para o Fluminense. Em 1975, o time não vai bem e chega em sexto no Brasileirão e quarto no Paulista. Enquanto isso, Rivelino era campeão carioca pelo Flu. Após ter ficado em 11º no Paulistão, o Corinthians depositou todas as suas forças no Campeonato Brasileiro de 1976. Classificado entre os quatro primeiros, o Timão foi para o Rio de Janeiro fazer a semifinal contra o Fluminense. No dia 5 de dezembro, mais de 70 mil torcedores corintianos foram ao Maracanã prestigiar o time. Nunca nenhuma torcida havia feito isso. A partida ficou lembrada como a “Invasão da Fiel Torcida”. Foi o maior deslocamento de pessoas no mundo por um evento esportivo de todos os tempos. Em campo, o Corinthians teve que se desdobrar para superar, nos pênaltis, o forte Fluminense de Rivelino, depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Mas conseguiu: 4 a 1 nos pênaltis! A euforia tomou conta dos corintianos. Ver também: "Jogos históricos - Corinthians x Fluminense - A invasão Corintiana (1976)". A festa só não foi maior porque o time perdeu a final para o Inter uma semana depois, ao perder por 1 a 0. Ainda não fora daquela vez. 1977 à 1989: O fim do jejum e a Democracia

Em 1940, o Corinthians ficou longe do sonhado tetra campeonato paulista: ficou em quarto lugar, sete pontos atrás do campeão Palestra.
A melhor recordação daquele ano foi a participação na inauguração do Pacaembu, o maior estádio do país na época. O Corinthians venceu o Atlético-MG por 4 a 2, numa rodada dupla em que o Palestra Itália também venceu o Coritiba por 6 a 2. Recuperando-se do mau campeonato do ano anterior, o Corinthians consegue fazer novamente uma campanha brilhante em 1941 e chega ao 12º título paulista Nos anos seguintes, a mesma história foi se repetindo. A torcida começou a cobrar dos diretores do clube uma renovação no elenco. Um dos poucos que escapavam das críticas da torcida era Servilio. Artilheiro do Paulistão durante três anos seguidos, 1945, 46 e 47, o atacante baiano jogou no Corinthians durante dez anos e marcou 190 gols em 350 partidas.da sua história. O quarto em cinco anos. No ano seguinte, em 1942, o Corinthians não consegue o bicampeonato paulista, mas chega a duas importantes conquistas. A primeira delas foi a aquisição do campo do Guarani, que ficava ao lado do Parque São Jorge. Com isso, o clube aumentou o seu patrimônio, que já era grande. A outra glória foi ter vencido o Troféu Quinela de Ouro, realizado em março. O torneio era uma espécie de Rio- São Paulo e contava com os cinco principais clubes dos dois estados: Corinthians, Palestra Itália, São Paulo, Flamengo e Fluminense. Com três vitórias e um empate, o alvinegro conseguiu o valioso título. Com a saída de grandes craques como Teleco e Brandão, o Corinthians foi se enfraquecendo e aos poucos viu-se inferior aos seus dois maiores inimigos até então: Palestra e São Paulo. De 1942 à 1950, o Timão fica sem conquistar o Paulistão e ainda vê o Palestra ganhar três títulos e o São Paulo cinco. O timão amargou cinco vice-campeonatos, nesse, relativamente pequeno, mas incômodo jejum de nove anos. Em 1942 e 1943, o Corinthians fez boas campanhas nos campeonatos, chegando a vencer quinze dos vinte jogos que disputou. Mas acabava sempre perdendo na reta final. Em 1943, nem mesmo contando com os dois artilheiros do campeonato, Hércules, com 19 gols, e Milani, com 18, o Corinthians não teve como segurar o São Paulo. Em 1948, Servilio deixou o Corinthians, que terminou na modesta quarta colocação no campeonato. Como consolo para a torcida que já estava sete anos sem comemorar um título paulista, começou a dar certo a contratação de Baltazar, ex-Jabaquara de Santos. Naquele ano, o atacante marcou 12 gols e se firmou como o principal nome do ataque alvinegro. Tanto que, na fraca campanha de 1949, ele foi o único a se destacar, marcando 17 gols. Luizinho, de 19 anos, disputa o seu primeiro campeonato e começa a chamar a atenção da crônica esportiva. Os anos 50 parecem ter feito o Corinthians acordar e voltar a ser um time vencedor. Com o ataque formado por Cláudio (o Gerente) Baltazar, Luizinho e Mário, o alvinegro virou uma máquina de fazer gols e dar espetáculos. No começo do ano, em fevereiro, o Timão conquistou o Torneio Rio- São Paulo. Nos dois anos seguintes, o Timão também só deu alegrias à sua torcida e conquistou o bicampeonato paulista, em 51 e 52. Além de festejar o bicampeonato paulista, a torcida corintiana teve pelo menos mais dois bons motivos para ficar feliz da vida com o time. No início do ano, o Corinthians conquistou em definitivo a posse da Taça São Paulo, que era o troféu oferecido pela Federação Paulista de Futebol para o vencedor de um triangular entre os três primeiros colocados de cada campeonato do ano anterior. Como já havia vencido o torneio em 1942, 43, 47 e 48, a conquista de 1952 acabou fazendo com que a Taça ficasse de vez no Parque São Jorge. Afinal, quem conseguisse ganhá-la por três vezes seguidas ou cinco alternadas, ficaria com a posse definitiva. Em abril de 1952, o Corinthians saiu do Brasil pela primeira vez e foi excursionar na Europa para fazer uma série de amistosos. Como não poderia deixar de ser, o Timão voltou do exterior com uma campanha memorável: Em 16 partidas, o alvinegro ganhou 15 e perdeu apenas uma, justamente na estréia, contra o Besiktas, da Turquia, por 1 a 0. Abaixo, a relação dos jogos. Besiktas (Turquia) 1 x 0 Corinthians - 22/04/1952 - Istambul, Turquia
Fenerbahçe (Turquia) 1 x 6 Corinthians - 23/04/1952 - Istambul, Turquia
Galatasaray (Turquia) 0 x 1 Corinthians - 26/04/1952 - Istambul, Turquia
Seleção da Turquia 1 x 1 Corinthians - 27/04/1952 - Istambul, Turquia
Seleção de Ancara (Turquia) 1 x 3 Corinthians - 03/05/1952 - Ancara, Turquia
Seleção da Turquia B 1 x 2 Corinthians - 04/04/1952 - Ancara, Turquia
Seleção da Turquia 0 x 1 Corinthians - 06/05/1952 - Istambul, Turquia
Galatasaray (Turquia) 2 x 4 Corinthians - 07/05/1952 - Istambul, Turquia
AIK (Suécia) 3 x 3 Corinthians - 14/05/1952 - Estocolmo, Suécia
Djurgärden (Suécia) 2 x 3 Corinthians - 16/05/1952 - Estocolmo, Suécia
Combinado Copenhague (Dinamarca) 1 x 1 Corinthians - 18/05/1952 - Copenhague, Dinamarca
Malmoe (Suécia) 1 x 2 Corinthians - 27/05/1952 - Malmoe, Suécia
Seleção Gotemburgo (Suécia) 3 x 9 Corinthians - 29/05/1952 - Gotemburgo, Suécia
Seleção Olímpica da Finlândia 1 x 5 Corinthians - 01/06/1952 - Helsinque, Suécia (Inauguração do Estádio Olímpico).
Seleção de Gävle (Suécia) 0 x 6 Corinthians - 04/06/1952 - Gävle, Suécia
Seleção de Halmstads/Hamlia (Suécia) 1 x 10 Corinthians - 08/06/1952 - Halmstad, Suécia.

Graças a essa bela campanha, o clube ganhou o título de "Fita Azul do Futebol Brasileiro", dado aos times que permaneciam mais tempo invictos em jogos fora do país. Em 1953, mais um título, o do Torneio Rio-São Paulo. Com a condição de campeão nacional (afinal, o Rio- São Paulo dava status ao vencedor), o Corinthians é convidado a participar de um torneio internacional de clubes, na Venezuela, onde é campeão e recebido com festa na volta ao Brasil. O ano seguinte, 1954, foi um dos mais importantes da história do Timão. O time ganhou tudo o que disputou: o Rio São Paulo e o Campeonato Paulista. 1955 à 1976: Triste jejum



1913 à 1939 - Três décadas de glórias

Depois de ingressar na Liga Paulista com suas próprias forças, o Corinthians entra em 1913 para disputar seu primeiro Campeonato Paulista. A participação do clube não é das melhores. A campanha começou em 20 de abril, com uma derrota por 3 a 1 para o Germânia, no Parque Antárctica. Pior ainda foi o terceiro jogo, um mês depois, contra o Americano: derrota por 7 a 1. A primeira vitória só ocorreu no dia 7 de setembro: 2 a 0 em cima do Germânia, gols de Amílcar e Joaquim. Em oitos jogos, o Timão venceu apenas um, empatou quatro e perdeu três, terminando na quarta colocação, num torneio disputado por cinco times. Em 1914, quatro anos depois de sua fundação, o Timão ganha seu primeiro título (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1914"). Neste mesmo ano, o Corinthians realizou o seu primeiro jogo internacional. No dia 15 de agosto, no Parque Antárctica, enfrentou o Torino, da Itália, que venceu o amistoso por 3 a 0. Em 1915, por divergências políticas, o Corinthians saiu da Liga Paulista e não disputou nenhum campeonato. Como não conseguiu se filiar à Apea em tempo, o clube acabou disputando amistosos. E mostrando sua força: em 1º de maio, enfrentou o A. A. Palmeiras (não confundir com o atual Palmeiras) e venceu por 3 a 0, no antigo campo do Velódromo, na rua da Consolação. Os gols do Corinthians foram de Neco,Aparício e Américo. As vitórias em amistosos se sucediam: 5 a 0 sobre os Wanderers, 4 a 1 sobre o Ideal Club, 2 a 0 em cima do Guarani... o prestígio do Corinthians só aumentava, mas ele não podia disputar nenhum campeonato. Por isso, o campeão de 1914 emprestou seus jogadores para outros clubes da Apea, para que eles não ficassem muito tempo parados. Neco, Casemiro, César e Bianco foram para o Mackenzie; Bororó, Aparício, Fúlvio, Péres e Amílcar saíram para o Ipiranga e Police, para o Wanderers. Em 1916, o Corinthians volta a participar do Campeonato Paulista. E ganha novamente. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1916"). Com a unificação das ligas paulistas, o alvinegro disputou o Campeonato Paulista de 17 contra todos os grandes times: Paulistano, Palestra Itália, Santos, Internacional, Mackenzie, Ipiranga, A. A. das Palmeiras e São Bento. Era um dos favoritos, mas logo numa das primeiras rodadas foi surpreendido por um clube jovem: o Palestra Itália, que venceu por 3 a 0. Era o início de uma grande rivalidade. O Corinthians terminaria o campeonato daquele ano apenas em quarto. Nos dois anos seguintes, o Corinthians fez boas campanhas no Paulistão, mas não conseguiu o título. Em 1918, perdeu por um ponto para o Paulistano, num campeonato estragado pela epidemia de gripe espanhola, que interrompeu a competição por dois meses. Em 1919, não só o Corinthians não conseguiu o título, como ficou só em terceiro lugar, atrás do Palestra. O consolo foi ter vencido o rival por 1 a 0, no Parque Antárctica. A única coisa de boa naquele ano foi o título do primeiro Torneio Início, que era disputado em um só dia, em partidas eliminatórias que duram poucos minutos. Caso o jogo terminasse empatado, o time que tivesse mais escanteios a favor, ganhava a partida. Nos anos de 1920 e 21 o Timão obteve campanhas boas, mas nenhum título. O único jogo que merece destaque neste período foi contra o Santos, válido pelo Campeonato Paulista. Foi a vitória por maior diferença de gols da história do Timão: 11 a 0, no dia 11 de julho de 1920. Em 1922, o Timão conquistou um dos mais belos troféus de sua história. Corinthians x Palestra Itália disputaram o troféu Cântara Portugália, o mais rico troféu posto em disputa até então, todo de prata. Foi oferecido pelo português Ricardo Severo, em homanegem aos compatriotas Carlos Viegas Gago Coutinho e Artur Freire Sacadura Cabral, que dias antes realizaram a primeira viagem aérea entre Europa e América do Sul. O placar foi de 2 x 0 para o Timão.

Nos três anos seguintes, o Timão reinou absoluto e conquistou o seu primeiro tricampeonato paulista. Depois do tri, entre 1925 e 27, nada de títulos. Desses anos, o que o Timão guarda de melhor é a aquisição de um terreno no Parque São Jorge, de 45 mil m², comprado por intermédio de seu presidente, Ernesto Cassano, por 750 contos de réis, em 1926. A inauguração do Parque São Jorge aconteceu no dia 22 de julho de 1928, em um amistoso contra o América do Rio. O jogo terminou 2 x 2. O Corinthians cedeu a Taça Valda ao time carioca, enquanto o Timão ficou com a taça de bronze Char de le Victoire.

Mas tudo bem. Se o Timão ficou três anos no jejum, nos próximos três repetiu o feito anterior e faturou o segundo tricampeonato paulista. Com o time , quarto em 1933 e 1934, terceiro em 1935. Com a saída dos principais craques do tri, o desmantelado, o Corinthians teve dificuldades para se renovar. Foi sexto colocado em 1931, quinto em 1932 Corinthians sofreu um abalo e demorou para se reerguer. Em 1931, Tuffy parou de jogar. Foram para a Itália Rato, De Maria, Del Debbio e Filó, o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo, quando venceu a Copa de 1934, com a seleção italiana. A renovação do elenco foi inevitável. Com uma nova geração, o clube alvinegro voltou a se fortalecer, chegando à decisão de 1936, contra o Palestra. Perdeu, mas mostrou novos e bons nomes, como Jaú, Jango, Brandão, Lopes, Teleco.Além disso, Filó e Rato voltaram ao clube. Com essa nova safra, o Timão conseguiu um feito, até hoje inigualável:

o terceiro tricampeonato paulista. 1940 à 1954: O Campeão dos Campeões